Rafael Bonfim é um exemplo de que não há limites para aproveitar as coisas boas da vida. Ele é cadeirante, deficiente físico desde que nasceu, mas convive muito bem com a diferença. Hoje ele é gestor para a inclusão de profissionais com deficiência, jornalista e palestrante.
Segundo ele, o mercado de turismo atende a uma gama enorme de perfis de turistas. E é possível perder a conta da quantidade de destinos que existem mundo a fora para todos os tipos de pessoas, de todas as idades. Mas e se o perfil não tiver a ver com o para onde eu vou e sim com o como eu vou? “Eu sou o tipo de turista que pensa sim no destino, claro. Mas vê diversão também na maneira de como chegar lá e como viver aquele momento. Eu viajo com pouco dinheiro, sozinho e numa cadeira de rodas”, conta Bonfim.
O jornalista afirma ainda que, por conta da sua mobilidade, ele acaba tomando algumas precauções, mas são muito pequenas e não impactam em nada na experiência vivida.
Veja as dicas de Rafael para superar os desafios e viajar sozinho.
1 – Viajar sozinho não é estar sozinho. É provável que as pessoas imaginem uma jornada solitária, sem ninguém para conversar, debater e se divertir. Ledo engano. Dependendo da sua abertura, você pode encontrar gente interessante o tempo todo. Aproveite cada conversa com as pessoas como se fosse a última, porque provavelmente será.
2 – Aprenda a levar e usar apenas o necessário. Conte com a tecnologia bancária que você tem em mãos. Se ter dinheiro vivo for realmente importante, se planeje com antecedência e tente ser fiel ao seu planejamento. Na hora de fazer a mala, pense em economia também. Escolheu, mas não consegue pensar porque escolheu e ficou inseguro em levar esse objeto ou roupa? Descarte.
3 – Albergues abrigam e unem pessoas. Para quem nunca se hospedou em um, procurar um albergue sem ninguém conhecido é algo estranho. Pode acreditar que muitos hóspedes estarão na mesma situação que você. Você vai ter que compartilhar algumas coisas sim, mas de quebra terá a chance fazer amigos que não faria em outro lugar. Procure referências, avaliações e grupos de alberguístas para pedir opinião sobre hospedagem e sites de reserva. Esteja seguro e ao mesmo tempo aberto para essa escolha.
4 – Aproveite os preciosos minutos do seu dia. Viajar sozinho é ter liberdade para fazer o que tiver vontade. Então faça. Não importa se você está indo a um ponto turístico muito famoso, ou tomando café na padaria da esquina: aproveite esses momentos. Converse com pessoas, ouça histórias, olhe a cidade com calma. Sempre pensamos que voltaremos um dia. Mas e se não?
5 – Embarcar sozinho vai esticar os seus limites. Você vai viver coisas que não viveria na sua cidade de origem. Isso é um fato. Grandes ou pequenas, boas ou ruins, essas experiências vão te mostrar que os seus limites são muito mais elásticos do que você imagina e que algumas convicções podem até desaparecer. Você voltará com menos grana, mas com muitas histórias na sua mala.
Fonte: G1