Veja falada, um serviço da Fundação Dorina Nowill para Cegos

por | 1 set, 2010 | Turismo Adaptado | 7 Comentários

Há mais de 63 anos, a instituição trabalha para facilitar a inclusão social e pessoas com deficiência visual, por meio de livros acessíveis e atendimento especializado. A produção de livros e revistas acessíveis permite às pessoas cegas e com visão subnormal acesso ao mundo do conhecimento e informação. Com uma das maiores imprensas braille do mundo em capacidade produtiva, a Fundação Dorina Nowill produz livros didáticos, best-sellers em braille, obras literárias em áudio e livros acadêmicos e de referência no formato digital acessível. As obras são distribuídas gratuitamente para pessoas com deficiência visual e para mais de 1.300 escolas, bibliotecas e organizações em todo o Brasil.

A leitura é para a pessoa cega, da mesma forma que para qualquer ser humano, o veículo fundamental de desenvolvimento da comunicação. Não se restringe apenas à satisfação da necessidade de ler por prazer ou para obtenção de informação genérica, mas representa fator decisivo para a formação e o desenvolvimento educacional, cultural, técnico e científico. Constata-se que a maioria das informações oferecidas aos deficientes visuais se dá por através dos meios de comunicação de massa, o que oferece um enfoque informacional de poucas escolhas, além de habilidades nos processos de busca ou pesquisa de informações limitadas.

No Brasil, para atender às necessidades e interesses educacionais e culturais das pessoas com deficiência visual, a Fundação Dorina Nowill para Cegos, uma das pioneiras na criação de obras em braille, também produz livros falados há mais de 30 anos. Através da Biblioteca Circulante do Livro Falado mais de 1.270 títulos estão disponíveis para empréstimo nos formatos MP3 e digital. O acervo é variado – são clássicos da literatura nacional e estrangeira, obras de leitura obrigatória para vestibulares e os mais recentes best-sellers. É um acervo de mais de 1270 títulos, 10 títulos novos todos os meses, mais de 17.000 empréstimos de livros em 2008. Informação, cultura e lazer para os deficientes visuais de todo o Brasil.

“As obras são enviadas gratuitamente para a casa do deficiente visual com isenção postal. Como é reprodução de uma obra pela lei nº 9.610, não pagamos direitos autorais ao autor, pois o trabalho é voltado exclusivamente para deficientes visuais e não visa fins lucrativos”, comenta Susi Maluf, gerente de distribuição de produtos da instituição. A partir de junho/09, para manter o serviço de produção da revista Veja Falada, a entidade solicita a contribuição de R$10,00 por mês de cada usuário, relativas a 4 edições.

Em setembro foram mais de 2.494 empréstimos e estiveram entre os livros mais pedidos as obras: Jesus, O maior psicólogo que já existiu, de Mark W. Baker, A cidade do sol, de Khaled Hosseini e A menina que roubava livros, de Markus Zusak.

Em seus dois estúdios, toda segunda-feira, uma equipe de locutores profissionais grava em áudio as matérias publicadas na Revista Veja, incluindo a descrição das fotografias, desenhos e gráficos, necessária para a compreensão dos textos. Em menos de um dia a revista é produzida e os exemplares são enviados pelo correio, onde são distribuídos gratuitamente para mais de 3.500 pessoas deficientes visuais e organizações que os atendem, nos mais remotos lugares do Brasil. “Ao distribuir semanalmente a Revista Veja Falada a Fundação Dorina assegura a estas pessoas informação atualizada que possivelmente ela não encontraria disponível em outro formato acessível”, comenta a responsável. Em cada edição, a Fundação Dorina Nowill acrescenta entrevistas de interesse relacionadas ao segmento da pessoa com deficiência. O escolhido para fazer parte da edição 2175 da Veja Falada foi Ricardo Shimosakai para falar sobre a acessibilidade e inclusão no turismo, conyando de suas realizações e projetos na área.

Outra curiosidade, é que a instituição também aceita voluntários para lerem as obras. “Temos vários candidatos e fazemos a seleção através de um teste de voz. Depois o voluntário leva a obra para casa, instala um software em seu computador e lê em voz alta”, explica Susi sobre o processo que demora em torno de um mês.

Fundação Dorina Nowill para Cegos
Empréstimos na Biblioteca Circulante do Livro Falado
Telefones: 11 5087-0960 ou DDD 11 5087-0991
E-mail: [email protected]
ww.fundacaodorina.org.br

Abaixo temos dois arquivos de áudio. O primeiro vem com a descrição com detalhes da capa, para ter uma breve idéia do trabalho realizado. O segundo é a entrevista feita com Ricardo Shimosakai da Turismo Adaptado.

Áudiodescrição da Capa

Entrevista Veja Falada com Ricardo Shimosakai

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7 Comentários

  1. alecsander ribeiro ildefonso

    boa noite meu nome e alecsander ribeiro ildefonso

  2. alecsander ribeiro ildefonso

    boa noite meu nome e alecsander ribeiro ildefonso
    Gostaria de saber como readquiri a revista veja em mp3
    já que sou deficiente visual e ja sou cadastrado e eu
    recebia a revista e nao esta vindo mais desde ja agradeco.

    • Ricardo Shimosakai

      Olá Alecsander,
      você deve entrar em contato diretamente com a Fundação Dorina Nowill, pois é ela quem produz e distriibui a Veja Falada.
      Abraços

  3. jaqueline do carmo silva

    como faço para receber a revista veja em mp3,estou perguntando pra meu irmao que e deficiente visual

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