Portuguese News Network aborda as necessidades do setor hoteleiro brasileiro
Para Ricardo Shimosakai, Diretor Comercial e Consultor em Acessibilidade e Turismo da empresa Turismo Adaptado, o sector hoteleiro carioca possui grandes desafios para sediar um grande evento internacional como a Copa do Mundo 2014, com a qualidade que ela exige.
Shimosakai afirma que o problema mais evidente é que praticamente nenhuma das cidades que irão ser palco deste evento possui um número de quarto em hotéis, suficientes para acomodar a quantidade de visitantes esperado. “O turismo funciona, com as pessoas vindo conhecer o que os destinos tem a lhe oferecer. Porém para sediar o evento da FIFA, os locais tem que obedecer a certas regras impostas pela organização do evento”, destaca.
Para além da questão do espaço físico, ele aponta outro ponto que chama atenção das autoridades: a presença de pessoas de diversas partes do mundo. “Será que locais sedes como Manaus, Cuiabá, Fortaleza, Natal entre outros, estão preparados para receber pessoas vindas de países bem diferentes como, por exemplo: Eslováquia, Grécia, Nigéria, Coréia do Sul, Argélia. Alguns deles têm costumes próprios e que devem ser respeitados, quer sejam hábitos religiosos, de gastronomia, de ordem política ou mesmo tradições do país de origem”, acrescenta.
As elevadas tarifas cobradas nos pacotes turísticos também preocupam o especialista, que relembra o caso do RIO+20, em que os preços excessivos afastaram alguns participantes do evento. “Se somar os custos da passagem aérea, mais o transporte local, alimentação, ingressos para os jogos, alojamento e mais alguns extras, que seria o básico para poder vir assistir à Copa 2014, com todos superfaturando seus produtos e serviços, isso acaba alcançando um valor absurdo”, pondera.
O especialista na área do Turismo Marcelo Moass alerta para o perigo da criação de novos estabelecimentos, sem a devida análise. Segundo o próprio, construir muitos hotéis, sem garantia de que serão ocupados pode ser um investimento de alto risco. Moass acredita que um dos principais problemas infra-estruturais do Rio seja a falta de qualificação dos profissionais que lidam diretamente com o público no setor hoteleiro.
Fonte: Portuguese News Network
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