A surdocegueira é a perda total ou parcial de audição e visão, simultaneamente. Acredita-se que cerca de 80 a 90% da informação é recebida pelo ser humano visual ou auditivamente; assim sendo, a privação destas duas capacidades provoca alterações drásticas no acesso da pessoa à informação e no seu desenvolvimento.

E como se comunica uma pessoa com surdocegueira? O tato desempenha um papel crucial na comunicação e desenvolvimento com estes indivíduos. Os surdo-cegos possuem diversas formas para se comunicar com as outras pessoas. A LIBRAS, Língua Brasileira de Sinais, desenvolvida para a educação dos portadores de deficiência auditiva, pode ser adaptada aos surdo-cegos utilizando-se o tato. Colocando a mão sobre a boca e o pescoço de um intérprete, o portador de surdo-cegueira pode sentir a vibração de sua voz e entender o que está sendo dito, esse método de comunicação é chamado de tadoma.

Também é possível para o surdo-cego escrever na mão de seu intérprete utilizando um alfabeto manual ou redigir suas mensagens em sistema braille, língua formada de pontos em relevo criada para a comunicação dos portadores de deficiência visual. Existe ainda o alfabeto moon, que substitui as letras por desenhos em relevo e o sistema pictográfico, que usa símbolos e figuras para designar os objetos e ações.

Quando falamos em tadoma, estamos nos referindo ao método de vibração do ensino da fala. A criança que está sendo ensinada no tadoma tem que colocar uma e inicialmente as duas mãos na face da pessoa que está falando. Com bastante treino e prática a possibilidade de se comunicar através deste método tende a ser grande SISTEMA PICTOGRÁFICO.

Os símbolos de comunicação pictóricas – Picture Communication Symbols (PCS) fazem parte de um Sistema de Comunicação Aumentativa (CAA) que refere-se ao recurso, estratégias e técnicas que complementam modos de comunicação existentes ou substituem as habilidades de comunicação existentes. Em síntese, o sistema pictográfico consiste-se de símbolos, figuras, etc, que significam ações, objetos, atividades que entre outras características podem servir como símbolos comunicativos, tanto receptivamente quanto expressivamente.

Especificamente, o Tadoma é um método de comunicação em que a pessoa surdo-cega coloca o polegar na boca do falante e os dedos ao longo do queixo. O meio de três dedos, muitas vezes caem ao longo bochechas do falante com o dedo mindinho pegar as vibrações da garganta do falante. É às vezes referido como “leitura labial tátil, como a pessoa surdo-cega se sente o movimento dos lábios, bem como as vibrações das cordas vocais, soprando das bochechas e do ar quente produzido por sons nasais, como ‘N’ e ‘M’.

Em alguns casos, principalmente se o falante sabe linguagem gestual, o surdo-cego pode usar o método Tadoma com uma mão, sentindo-se face do falante, e ao mesmo tempo, o surdo-cego pode usar sua outra mão para sentir o Falante assinar as mesmas palavras. Desta forma, os dois métodos se reforçam mutuamente, dando a pessoa surdo-cega uma melhor chance de entender o que o orador está tentando se comunicar. Além disso, o método pode fornecer Tadoma o surdo-cego com uma conexão mais estreita com o discurso de que eles poderiam ter tido. Isto pode, por sua vez, ajudá-los a manter as habilidades de fala que eles desenvolveram antes de ir para surdos, e em casos especiais, para aprender a falar palavras novinho em folha.

O método foi inventado por Tadoma professora americana Sophie Alcorn e desenvolvido na Escola Perkins para Cegos. É um método difícil de aprender e usar, e é raramente utilizado hoje em dia. No entanto, um pequeno número de pessoas surdas usam com sucesso Tadoma na comunicação cotidiana.

Fontes: Sitio da Inclusão

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